En este momento, René se dedica entonces a una retrospectiva de los momentos fundadores de la teoría psicanalítica del grupo con énfasis en las contribuiciones de Pichon-Revière y J. Bleger, más adelante pretendemos tambén hablar un poco más de Bleger.
Os Momentos Fundadores : Buenos Aires, 1950. A psicanálise argentina, como um todo, está atravessada pelas contribuições de E.Pichon-Rivière e J. Bleger; sua contribuição específica tentou uma articulação consistente entre o espaço psíquico individual e o espaço psíquico do grupo e das instituições.
E. Pinchon-Rivière (1971) propõe uma compreensão do grupo na que se articulam certas hipóteses psicanalíticas e ourtas tomadas tanto da psicologia genética e da psicologia social quanto das diversas correntes filosóficas. Postula uma psicologia social cujo objetivo de estudo e “ o desenvolvimento e a transformação de uma relação dialética entre a estrutura social e a configuração do mundo interno do sujeito, relação que é abordada através da noção de vínculo. Simultaneamente, propõe uma teoria do sujeito na qual este não é apenas um sujeito de relação, mas também um sujeito produzido em uma práxis: nada existe nele que não seja resultante de uma interação entre indivíduo, grupos e classes”.

É sempre a experiência hospitalaria a que leva a Pichon-Rivière a inventar o que ele denominará de grupos operativos: organiza para os doentes grupos de aprendizagem nos quais acrescenta seus conhecimentos de psiquiatria submetendo-os à sua elaboração. As atitudes dos enfermos se modificam e melhoram suas competências. Baseado nesta experiência propõe, em 1958, a noção de Schéma Conceptuel Réferenicel et Opératif (SCRO)[Esquema Conceptual Referencial e Operativo]. O esquema conceptual é um grupo organizado de conceitos gerais sobre as condições em que os fenômenos empíiricos surgem e se associam entre si; o esquema é referencial na medida em que se remete ao campo (ou ao fato concreto) sobre o qual se reflete e opera, aos conhecimentos sobre cuja base se reflete e opera ; o esquema é operativo na medida em que se manifesta a adequação do pensamento e do enunciado ao seu objeto, sendo esta operacionalidade fonte de descoberta. Pichón-Rivière desenvolverá as aplicações deste modelo em diversos contextos: grupos familiares e de aprendizagem, teoria do vínculo, teoria dos grupos internos, teoria da comunicação.
Uma das principais contribuições de J. Bleger à teoria psicanalítica do grupo é a distinção que propõe estabelecer (1971) entre dois níveis ou modalidades de sociabilidade : a sociabilidade sincrética e a sociabilidade por interaração. A primeira é a mais original, porém não pode compreenderse sem a segunda. A noção de sincretismo, central na teoria de Bleger, define um estado de não-discriminação que compõe a realidade psíquica do indivíduo, mas também de todo grupo e de toda instituição. No indivíduo, este estado de não individuação está constituido por parte do eu sincréitco depositadas em um continente do qual Bleger teorizou um aspecto essencial com a sua teoria de enquadre. Assim como enquadre e processo são correlativos um ao outro, Bleger defende que, paradoxalmente, “a identidade de um indivíduo é tributária do seu eu sincrético”. No que se refere à sociabilidade por interação , implica numa relação de objeto interna, uma diferenciação no espaço psíquico e no espaço intersubjetivo.
As investigações contemporâneas dos psicanalistas argentinos se manifestam nos trabalhos sobre as “configurações vinculares” , que consideram uma problemática transversal a da diversidade dos vínculos: de casal, de pais, de filiação, de família, de grupo e de instituição. Os trabalhos de referência se desenvolvem no marco da Associção Argentina de Psicologia e Psicoterapia de Grupo, com as notáveis contribuições de J. Puget e I. Berenstein, M. Bernard, D. Maldavsky, M. L. Cao, e outros. A herança de E. Pichón-Rivière se expressa atualmente mais, talvez nas investigações sobre grupos de aprendizagem e de intervenção no campo social. (A. de Quiroga) . As invesigações da Escola Argentina difundiram-se na Europa com a diáspora sudamericana consecutiva dos anos de ditadura: na Espanha, com os trabalhos de Grinberg, Caparós e Kesselman; na França, principalmente com os impulsos de A. Eiguer; na Itália com A . Bauleo e J. Onderza Linares.
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